Maior resort de esqui dos Estados Unidos anuncia investimentos de quase US$ 500 milhões e serviço de concierge para brasileiros.

 

Esquiar em Vail, um dos resorts com maior área para a prática do esporte nos Estados Unidos, a duas horas de Denver, nas Montanhas Rochosas, ganhará novo significado a partir o fim do ano. Esqueça as filas para o teleférico, as longas caminhadas carregando botas e equipamentos, o frio cortante em qualquer lugar que não seja dentro do hotel e os escorregões causados pela neve derretida nas ruas. Disposto a aumentar o número de visitantes, especialmente os mais abonados e exigentes, o grupo Vail Resorts vem investindo maciçamente na renovação da infraestrutura local.

Mas para concorrer com os charmosos destinos de inverno da Europa, onde os restaurantes estrelados costumam ser grande atrativo, ou mesmo com pistas americanas mais populares entre o público brasileiro, como Aspen, o executivo sabe que precisa oferecer mais. Por isso, há alguns anos, as calçadas da cidade construída em 1962, em estilo alpino, receberam um sistema de aquecimento interno, garantindo caminhadas seguras e livres de neve.

 

Grandes redes hoteleiras como Four Seaseons e Ritz-Carlton foram atraídas. Chefs renomados, como Nobu Matsuhisa e Wolfgang Puck (com a rede Spago), abriram ali filiais. E, a partir deste ano, uma máquina especial assegurará a produção de neve fofa durante toda a alta temporada (de dezembro a abril). “Nossos clientes internacionais apreciam esse diferencial, mesmo quando estamos com mais de 1 metro de neve natural.”

 

Katz sabe que o investimento não é exatamente o que faz brilhar os olhos dos brasileiros. E uma vez que eles estão entre os cinco principais hóspedes internacionais do resort – “e o que mais rápido cresce” –, um mimo extra foi providenciado. A partir do próximo inverno, apenas 100 clientes V.I.P. terão à disposição o serviço de concierge Prima, com gerente fluente em português. “Não haverá qualquer custo adicional, mas apenas pessoas selecionadas poderão usufruir do benefício”, avisa o executivo, que aproveitou a viagem para distribuir os primeiros 50 convites.

 

Entre as demandas possíveis estão reservas em restaurantes e spas, agendamento de aulas particulares e programas fora ou dentro do resort, compras e ajuda até mesmo na hora de calçar ou descalçar as botas de esqui. “Depois de esquiar, o cliente ainda poderá ligar para o celular do concierge para que ele vá pegar seu equipamento onde quer que esteja”, diz Katz, engrossando a interminável lista de exemplos.

Entretanto, ele garante que a primazia no atendimento também se estende aos meros mortais. “Nossa equipe está o tempo todo focada em cuidar do cliente. Ficamos atentos para que tudo seja absolutamente perfeito e possamos surpreender ainda mais com pequenas experiências inesperadas.”

 

Com tantos atrativos fora da montanha, nem parece que estamos falando de uma estação com 2 mil hectares esquiáveis, com picos de até 3.500 metros de altura e quase 200 pistas. Sendo mais de 50% delas indicadas para experts no assunto. “Mas também há atividades para crianças, esquiadores iniciantes e intermediários ou mesmo para quem não sabe ou quer esquiar”, apressa-se em dizer o CEO do resort que, em fevereiro de 2015, sediará o Campeonato Mundial de Esqui Alpino.

Passeios de trenó, pista de snowboard, tubing (espécie de tobogã na neve), snowmobil (moto de neve) e caminhadas na neve estão entre as atividades possíveis na montanha. Enquanto na villa pode-se passar o tempo nos restaurantes, bares e spas, no cinema, na patinação no gelo, no boliche ou nas compras. “Mais do que um destino de esqui, somos um destino de férias.”

 

O pacote de uma semana em Vail, custa de US$ 2,5 mil a US$ 25 mil, por casal, dependendo da hospedagem escolhida. O esqui pass Epic, que dá acesso à 21 montanhas do grupo em quatro países sai por US$ 749, por adulto.