O espetáculo Figuras e vozes, dirigido por Marika Gidali e Décio Otero, lança o desafio da investigação do espírito dadaísta na nossa contemporaneidade
O Teatro da CAIXA Nelson Rodrigues recebe, de 5 a 14 de outubro de 2018 (sexta a domingo), às 19h, o Ballet Stagium, com o espetáculo Figuras e vozes, dirigido por Marika Gidali e Décio Otero. A montagem se lança no desafio de investigar o estado de espírito dadaísta, como ele emergiu e suas implicações na nossa contemporaneidade.
Na estrada desde 1971, o Ballet Stagium é a mais longeva companhia de dança em atuação do país e é sinônima de pesquisa fundamentada aliada a qualidade artística. A companhia não vem ao Rio de Janeiro desde 2010 e retorna agora com Figuras e vozes, obra de 2015, na qual o Ballet Stagium propõe uma nova perspectiva do olhar, com o intuito de recriar valores e rever o nosso universo simbólico.
Durante a primeira grande guerra, o Dadaísmo surge com a clara intenção de destruir todos os sistemas e códigos estabelecidos no mundo. Como ideologia, o Dadaísmo agregava forte conteúdo anárquico opondo-se a qualquer tipo de equilíbrio e racionalidade. Em Figuras e vozes, o aleatório e o acaso brotam como contraponto ao mundo institucionalizado e movido pela rapidez das informações, colocando em questão a finalidade das nossas ações.
Para Décio Otero, idealizador da companhia, “o fato de criar uma companhia independente em 1971 foi um ato de heroísmo no Brasil. Hoje, nesse trabalho, tratando da filosofia do Dadaísmo, nos transportamos para início do grupo, quando do nada criamos uma companhia atuante, consistente e referencial. E assim continuamos, mais de quarenta anos depois, transformando o nada em algo que sempre acaba nos surpreendendo”.
Márika Gidali, também fundadora do Stagium, complementa: “É divertido ter liberdade total de criação e ao mesmo tempo nos darmos o direito de brincar com esta utopia. O respaldo veio, logicamente, da bagagem consistente desses anos todos, que foi um aprendizado diário”. Sobre a persistência da companhia em estrear trabalhos e continuar na estrada, o diretor conclui que o romantismo talvez seja o motivo de estarem lutando sempre: “Desde o nosso encontro em 1971, sempre fomos românticos em todos os sentidos, acreditamos que a nossa opção de vida atua de alguma forma na sociedade que estamos inseridos, daí a nossa resistência”.
A CAIXA investiu mais de R$ 385 milhões em cultura nos últimos cinco anos. Em 2018, nas unidades da CAIXA Cultural em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, está prevista a realização de 244 projetos de Artes Visuais, Cinema, Dança, Música, Teatro e Vivências
O Teatro da CAIXA Nelson Rodrigues é um dos mais tradicionais teatros brasileiros. O prédio é um marco da arquitetura da década de 1970, com forma piramidal e envolto em jardins, espelhos d’água e passarelas. Em 2017, foi reinaugurado após uma grande reforma de modernização e restauração das obras artísticas que emolduram o edifício, como os painéis de Carybé, Pedro Correia de Araújo Filho, Ernani Macedo, Roberto Sá e Freda Jardim. O espaço possui 408 lugares e seu palco já recebeu grandes espetáculos como da companhia de dança Ballettodell’Esperia, Denise Stoklos, GardiHutter, Companhia Shigeyama de Teatro Kyôgen, companhia francesa Unlouppourl’homme e Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, e muitos outros.
Ficha técnica:
Direção: Marika Gidali e Décio Otero
Ideia e coreografia: Décio Otero
Direção teatral: Marika Gidali
Roteiro musical: Décio Otero
Bailarinos: Ádria Sobral, Gustavo Lopes John Santos, Eugenio Gidali,
Marcos Palmeira, Luiza Vilaça, Fabio Villardi, Pedro Vinicius Bueno, Nathália
Cristina, Eduarda Julio, Tatyane Tieri, Leila Barros, Nayara Rodrigues, Pablo Neves e Jonathan Santos.
Músicas: Rene Aubry, Meredith Monk, Marlui Miranda, Tetê Spindola, Yann
Tiersen, Wim Mertens, Arthur Honegger, Hugo Ball e Germaine Albert-Birot
Desenho de luz: Edgard Duprat
Edição trilha sonora: Aharon Gidali e Décio Otero
Direção de arte e figurino: Marcio Tadeu
Assistência de figurinos: Sebastiana Maria dos Santos
Grafitearte: Augusto (Ueny)
Produção: Marika Gidali
Grupo de pesquisa: Marika Gidali, Décio Otero, Ademar Dornelles, Marcos
Veniciu, Fabio Villardi
Poemas: “Karawane” de Hugo Ball; e “A Batalha” de Ludwig Kassar
Voz: Marcio Tadeu
Fotógrafos: Arnaldo J.G. Torres
Professores: Décio Otero, Yoko Okada
Secretário: Jose Luis Santos Oliveira
Produção (Rio de Janeiro) LUPA PRODUTORA PARIS
Coordenação de produção Luciana Valéo
Gerente de produção Cleusa Lopez
Serviço:
Figuras e vozes, da Companhia Ballet Stagium
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Teatro da CAIXA Nelson Rodrigues (Av. República do Chile, 230 – Centro/ Entrada pela Av. República do Paraguai – próximo ao Metrô e VLT Estação Carioca)
Datas: 5 a 14 de outubro de 2018 (sexta a domingo)
Horário: 19h
Informações:(21) 3509-9600 / 3980-3815
Ingressos: Plateia – R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)/ Balcão: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia.
Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 13h às 20h. (As vendas de ingressos iniciam na terça-feira, dia 2, na bilheteria do Teatro).
Duração: 60 min
Classificação Indicativa: Livre para todos os públicos.
Capacidade: 400 lugares (Mais 8 para cadeirantes).
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal
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